Biografia de
Lygia Fagundes Telles
Lygia
Fagundes Telles (1923) é escritora brasileira. Romancista e contista, é a
grande representante do pós-modernismo. É membro da Academia Paulista de
Letras, da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa. O
estilo de Lygia Fagundes Telles é caracterizado por representar o universo
urbano e por explorar de forma intimista, a psicologia feminina.
Lygia
Fagundes Telles (1923) nasceu em São Paulo, no dia 19 de abril de 1923. Filha
de Durval de Azevedo Fagundes, advogado, passou sua infância em várias cidades
do interior, onde seu pai era promotor. Sua mãe, Maria do Rosário Silva Jardim
de Moura era pianista. Seu interesse por literatura começou na adolescência.
Com 15 anos publicou seu primeiro livro, "Porão e Sobrado". Formou-se
me Direito e Educação Física, na Universidade de São Paulo porém, seu interesse
maior era mesmo a literatura.
Sua estréia
oficial na literatura deu-se em 1944, com o volume de contos "Praia
Viva". Casou-se com o jurista Goffredo Telles Júnior, com quem teve um
filho. Divorciada, casa-se com o ensaísta e crítico de cinema Paulo Emílio
Salles Gomes. Em 1982 foi eleita para a Academia Paulista de Letras. Em 1985,
tornou-se a terceira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Em
1987 é eleita para a Academia das Ciências de Lisboa.
Entre os
muitos prêmios que recebeu, destacam-se o Prêmio Afonso Arinos da Academia
Brasileira de Letras, em 1949; o Prêmio do Instituto Nacional do Livro, em
1958; o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por "Verão no
Aquário", em 1965; o Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras,
em 1973; o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do livro, com a obra "As
Meninas", em 1974; o Prêmio Jabuti com a obra "Invenção e
Memória", em 2001; e o Prêmio Camões recebido no dia 13 de outubro de
2005, em Porto, Portugal.
Citamos uma
de suas poesia:
É preciso
amar o inútil.
Criar pombos
sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever
sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca.
A distância
mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos
que se encontram as melhores coisas da vida.
Pois é
preciso amar o inútil porque no inútil está a beleza.
(Ciranda de Pedra)
Obras de Lygia Fagundes Telles
Porão e
Sobrado, contos, 1938
Praia Viva,
contos, 1944
O Cacto
Vermelho, contos, 1949
Ciranda de
Pedra, romance, 1954
Histórias do
Desencontro, contos, 1958
Verão no
Aquário, romance, 1964
Histórias
Escolhidas, contos, 1964
O Jardim
Selvagem, contos, 1965
Antes do
Baile Verde, contos, 1970
As Meninas,
romance, 1973
Seminário
dos Ratos, contos, 1977
Filhos
Prodígios, contos, 1978
A Disciplina
do Amor, contos, 1980
Mistérios,
contos, 1981
Venha Ver o
Por do Sol e Outros Contos, 1987
As Horas
Nuas, romance, 1989
A Noite
Escura e Mais Eu, contos, 1995
Biruta,
contos, 2004
Histórias de
Mistérios, contos, 2004
Conspiração
de Nuvens, contos, 2007
Passaporte
para a China, contos, 2011